Benção = maldição
De tempos em tempos
uma aurora negra,
que extingue a luz,
nasce em meu coração
O óbvio se torna duvidoso,
a luz traz o medo
e o silêncio das trevas,
torna-se conforto não desejado
De tempos em tempos
o mistério do escuro é invocado
trazendo novas formas
que meu frágil cérebro humano, ainda não compreende
Por quê? Por onde? De mim?
E agora? E depois? Será assim?
E quando? E antes? Foi igual?
Ressurgi? Renasci? Será o ideal?
Antes da resposta, vem a pergunta
que é feita ao escuro, no escuro
Espero em silêncio, em calma, trabalhada pelo caminho do medo
E no tempo exato, indefinível
Ouço a resposta
Clara, alta, incontestável
E eu, agradecido, beijo a mão de Deus
e caminho para a luz.