11.4.06

A Day in The Life!

Ele subia as escadas com pressa. Tremia. Estava sempre tremendo. Até nas ocasiões que não despertam nenhum nervosismo, nem descarga de adrenalina, nem frio, nem nada! O médico havia dito que era algo de sua essência, mas ele desconfiava. Chegara no quarto andar ofegante. Não havia motivo algum para a pressa, sabia que estava fudido mesmo. Entrou naquela sala repleta de emoções, todas nele... somente nele. Cumprimentou alguns mais intimos e se instalou em um computador longe de todos. Evitava ao máximo o contato social, porém, nem ele mesmo saberia explicar o porque. Olhou para trás algumas vezes para ver se ela havia chegado. Nada. Uma mistura de alivio e desespero percorreram seu corpo... sensação comum para ele. Escreveu aquelas palavras inúteis naquela ordem pouco útil (para ele) e entregou ao professor. "Isso aqui está ruim, faça de novo". Maldita hora que concordei em frequentar essa tortura! Sentou-se de volta no mesmo computador, porém, agora, ela havia chegado! Um calafrio pertubador percorreu seu corpo e ele, inconscientemente, entrou em sua carapaça protetora. De lá ele observava tudo e a todos, não deixava ninguém se aproximar. Tão pouco sabia explicar o motivo de tanta reclusão. Talvez algum trauma de infância. Era o que gostava de acreditar. Observava ela e seu andar despreocupado pela sala. Não tinha a menor idéia do que dizer ou de como agir, dessa forma, preferia ficar de longe... sonhando. Isso ele fazia bem. Muito bem! Sonhava com situações em que ele era espetacular e infalível. Sonhava com seu discurso aplaudido de pé por todos. E, principalmente, sonhava que era feliz. Após 3 horas enclausurado, ele pegou suas coisas em cima da mesa e desceu os quatro andares que o separavam da liberdade. Caminhou até o ponto de ônibus e subiu na linha que o levava até em casa. Chegando lá, seu antro de paz e depressão, ele pressionou o botão play do aparelho de cd e se deitou em sua cama. Cantarolou até dormir... "Everything means nothing to me..."

Olá amigos! Como vão? Gostaram da historinha? Um pouco depressiva, não? Mas tudo bem, um dia ela vai ter um Final Feliz! Sacaram? Sacaram?

Beijos e abraços a todos, entrarei em contato novamente em breve!
Obrigado pela atenção e até!