25.10.06

Gênio ou drogado?

Olá pessoal, como vão? Comigo está tudo ótimo, ainda mais depois do que eu li semana passada e que hoje repasso a vocês. Era pra ser uma piada, mas acabou se tornando um devaneio totalmente alucinado do autor. Por favor, sentem-se e leiam com atenção o texto abaixo. Reparem nos erros e ofensas a tudo que se diz a ciência e a lingua portuguesa. Notem as tentativas de embelezar a obra com palavras e termos jamais vistos antes. É impressionante!!

Essa "piada" foi tirada do portal Terra na página de piadas, alias, ela foi eleita a pior piada do site, com 1360 votos. Além disso foi classificada como "material para maiores"... não era pra menos.

Suposto autor: Diego, Marapoama, SP

O texto abaixo não foi modificado em nada. Ele está assim como pode ser visto no site: http://piadas.terra.com.br/0,1909,p3496,00.html

Segue:
"A mulher tinha mandado o macaco ir buscar lingüiça no açougue. Desenformado e sem nenhuma informação do que seria um açougue o macaco perguntou à mulher:
- O que é um açougue?
E ela solenemente lhe respondeu:
- É um lugar onde vai muita gente!
E lá foi o macaco concluir a sua saga. Mas no meio do caminho ele encontrou uma igreja (na verdade não era bem uma igreja e sim uma catedral de Londres). Ele viu a catedral de Londres lotada, e resolveu ver se era o açougue, ou se não era o açougue.
Mas quis o destino que, na mesma hora um aeroplano sobrevoasse próximo a catedral de Londres e o piloto do avião estivesse fazendo suas necessidades fisiológicas (ou seja, fezes)... e, por coinscidência, passasse por cima da catedral de Londres no exato momento em que o padre rezava missa. O piloto deu a descarga e pelas leis da "astrometafísica-nuclear-aérea" o estrume desceu com força total e velocidade semelhante ao de um meteoro em direção ao planeta-terra-planeta-água. E descesse justo na direção da catedral de Londres. Numa mira exata, colidiu com o crânio encefálico do padre. E o macaco foi lá e pegou o coco achando que era lingüiça.
E a missa foi encerrada...com aplausos."

Na boa... na boa!!! Tenho minhas dúvidas se "isso" pode ser considerada a pior piada do site. Ela é a melhor! Caralho! Alguém põe esse menino na tv logo galera! Cacetada... estou sem palavras.

Bom, espero que tenham se divertido. Não fiquem tentando racionalizar o texto acima... pode ser prejudicial a sua saúde... sério!

Ufa, por hoje (e talvez por um bom tempo) é só.
Abraços!

20.10.06

Sobre o tempo

Texto ctrl+c, ctrl+v. Não é relaxo, é transmissão de protesto. Leiam... se vocês tiverem Tempo.

Texto escrito por um brasileiro que vive na Europa.
Fonte: Minha prima, Tatiana.

"Já vai para 18 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca. Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante. Qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a idéia seja brilhante e simples. É regra. Então, nos processos globais, nós (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos) ficamos aflitos por resultados imediatos, uma ansiedade generalizada. Porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito neste prazo.

Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões, ponderações. E trabalham num esquema bem mais "slow down". O pior é constatar que, no final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da necessidade: bem pouco se perde aqui.

E vejo assim:
1. O país é do tamanho de São Paulo;
2. O país tem 2 milhões de habitantes;
3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com Curitiba, que tem 2 milhões);
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia, Nobel Biocare... Nada mal, não?
5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA.

Digo para os demais nestes nossos grupos globais: os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam nossos salários. Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles. Vou contar para vocês uma breve só para dar noção.

A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava no hotel toda manhã. Era setembro, frio, nevasca. Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei:

- Você tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final.Ele me respondeu simples assim: - É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar. Quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta. Você não acha?"

Olha a minha cara! Ainda bem que tive esta na primeira. Deu para rever bastante os meus conceitos.

Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food. A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem sua base na Itália ( o site, é muito interessante. Veja-o! ). O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar,saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade.

A idéia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida em que o americano endeusificou.

A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo de base para um movimento mais amplo chamado Slow Europe como salientou a revista Business Week numa edição européia.

A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser".

Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas( 35 horas por semana ) são mais produtivos que seus colegas americanos ou ingleses. E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%.

Essa chamada "slow atitude" está chamando a atenção até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já). Portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos, nem ter menor produtividade.

Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos "stress".

Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e concreto em contraposição ao "global" - indefinido e anônimo. Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé.

Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivo onde seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.

Gostaria de que você pensasse um pouco sobre isso... Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou ainda "A pressa é inimiga da perfeição" não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura?

Será que nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de "qualidade sem-pressa" até para aumentar a produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária perda da "qualidade do ser"?

No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível, em que um personagem cego, vivido por Al Pacino, tira uma moça para dançar e ela responde:

- Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos.

"Mas em um momento se vive uma vida" - responde ele, conduzindo-a num passo de tango. E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.

Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim. Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe.

Tempo todo mundo tem, por igual! Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon:

"A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro"...

Parabéns por ter lido até o final! Muitos não lerão esta mensagem até o final, porque não podem "perder" o seu tempo neste mundo globalizado. Pense e reflita, até que ponto vale a pena deixar de curtir sua família. De ficar com a pessoa amada, ir pescar no fim de semana ou outras coisas...

Poderá ser tarde demais! Saber aprender para sobreviver..."

Transforme informação em conhecimento, aplique. Eu vou tentar.

Abraços para todos. Até a próxima... sem transmissões!